terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Assim falava... a história!


"que tempos são estes,em que temos de defender o óbvio" Brecht    (que faria 119 anos em fevereiro de 2017)





Estamos num momento de retrocesso em que o golpe do ano de 2016 se estende além da política partidária e alcança uma das bases da sociedade, a educação.

O poder da mídia corporativa vende uma falsa imagem e a ignorância do povo se omite,
aprovam a PEC 55, inventando mentiras em várias áreas, e a reforma do ensino vem pra catalisar os retrocessos....
Mais que nunca dependeremos das ações de baixo pra cima, no momento em que o autoritarismo de cima é disfarçado em democracia.

Reich  Nietzche, entre inúmeros outros se tornam mais importantes a serem lembrados e quem sabe decorados, visto a possibilidade futura da volta a momentos sombrios, com a queima de livros.
Coisa que a ficção retratou maravilhosamente no livro de  Ray Bradbury e que virou o ótimo filme, Farheinheit 451, vejam esse trecho:


Assim Falava Zaratustra

 Quem quer aprender a voar, precisa primeiro aprender a ficar de pé e a andar e a subir e dançar: a arte de voar não se aprende voando!
Aquele que ensinar os homens a voar afastará todos os limites, batizará a terra de novo como A Leve.
Quem quer se tornar leve e se transformar em pássaro deve se amar.
O homem é uma corda estendida entre a besta e o Super Homem - uma corda sobre o abismo.
É perigoso passar de um lado ao outro, perigoso ficar no caminho, perigoso olhar para trás, perigoso tremer e parar.
O que há de grande no homem é que ele é uma ponte e não um fim: o que se pode amar no homem é que ele é uma passagem e uma queda.
Por trás dos teus pensamentos e teus sentimentos, irmão, há um soberano possante e um sábio desconhecido. Ele mora no teu corpo, é teu corpo.
Há mais razão no teu corpo que na tua melhor sabedoria. Há sempre um pouco de loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.
E mesmo eu, que estou voltado para a vida, acho que as borboletas, as bolhas de sabão e o que se assemelha a elas entre os homens são o que melhor conhece a felicidade.
Ver voar essas alminhas leves, loucas, graciosas e móveis - isso dá a Zaratustra vontade de chorar e cantar.
Eu não poderia acreditar num deus que não soubesse dançar.
Agora sou leve, agora vôo, agora me vejo abaixo de mim mesmo, agora um deus dança através de mim.
Estou agora diante do meu último cume. Tenho diante de mim meu caminho mais duro. Começo minha corrida mais solitária.
Acima da tua cabeça e além do teu coração. Agora a coisa mais doce em ti deve se tornar a mais dura.
Precisas subir andando sobre ti. Mais alto, mais alto até que as estrelas fiquem lá embaixo.
Céu acima de mim, céu puro. Profundo. Abismo de luz. A te contemplar tremo de desejos divinos. Saltar na tua altura - eis o meu abismo. Ensconder-me na tua pureza, eis minha incoência.
Todo a minha vontade é só voar, voar para entrar em ti!
O belo corpo vitorioso em torno do qual tudo se transforma em espelho.
O corpo ágil, o dançarino cujo símbolo é alma feliz consigo mesma.
Toda alegria quer a eternidade, a profunda, profunda eternidade.
Assim fala a sabedoria do pássaro: Não há alto nem baixo. Lança-te para todos os lados, para frente, para trás, homem leve. Não fala mais. Canta.


Texto de F. Nietzche




Rui Takeguma brincando de capoeira angola com o mar

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